terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Velas

RECOMENDAÇÕES ESPIRITUAIS:

1. Nunca usar velas quebradas.
2. As velas usadas para um objetivo nunca devem ser usadas de novo, mas devem ser deixadas queimar. A cada novo objetivo, novas velas.
3. Uma coisa é essencial, e essa coisa é o silêncio. A magia das velas requer concentração, e você não poderá se concentrar com o ruído de fundo perturbando seus pensamentos.
4. Acenda sempre a vela mais alta primeiro. Caso sejam cores variadas acenda sempre a vela branca antes de todas as outras.
5. Desejos de bem comum em que as velas são acesas por várias pessoas, como em um casamento, festa de final de ano ou festas coletivas poderão ser acesas uma vela com a luz da outra.
6. Velas acendidas para alcançar desejos individuais, mesmo que estejamos em grupos deverão ser acesas cada qual com seu fósforo.
7. Antes de acendê-la, segure-a entre as mãos e mentalize precisamente o que deseja. A vela, ao ser impressa com o seu desejo, torna-se um receptáculo desse desejo.
8. Depois que sua vela terminou de queimar atire os restos no lixo
9. Nunca utilize restos de velas que atenderam a um determinado pedido seu para fazer velas para outras pessoas e vive-versa.
10. Quando acender uma vela, use sempre fósforo, nunca isqueiro, a ação de "riscar" o fósforo é simbólica.
11.Caso a vela chore muito ou pare de queimar na metade é bom despachar em ponto de força da natureza ou agua corrente !

sábado, 24 de janeiro de 2009

AS POMBA GIRA.

Recados e Imagens - Arte - Orkut


Na Umbanda, a entidade espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto Angola.

Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse.

Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800), estes aqui encontram-se com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás.

Com o passar do tempo a formosa e provocativa Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.

Mas ela, marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência.

Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o ‘eu interior’ feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.

Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres.

Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada, exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade.

Ela foi logo se apresentando como a “moça” da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes.

“O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais”.

Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida, e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: “É isso mesmo”!

E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.

Aí punham para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto.

E a todos ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz.

Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades.

Quem não iria admirar e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento?

Pombagira é isto. É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina. Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação.

Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa.

Mas ela foi logo dizendo: “Cama, só para o meu deleite e mesa, só se for regada a muito champagne e dos bons!

Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas “Moças da Rua”, as companheiras de Exu.

A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, tac como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, “por baixo dos panos”, o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo.

Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos… ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador.

Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que, se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos.

Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas.

Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar.

Seus nomes, quando se apresentam, são simbólicos ou alusivos.

- Pombagira das Sete Encruzilhadas;

- Pombagira das Sete Praias;

- Pombagira das Sete Coroas;

- Pombagira das Sete Saias;

- Pombagira Dama da Noite;

- Pombagira Maria Molambo;

- Pombagira Maria Padilha;

- Pombagira das Almas;

- Pombagira dos Sete Véus;

- Pombagira Cigana; etc.

O simbolismo é típico da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição. Já na Umbanda, é o espírito que “baixa” em seu médium e, entre um gole de champagne e uma baforada de cigarrilha, orienta e ajuda a todos os que as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades. São ótimas psicólogas. E que psicólogas! “Salve as Moças da Rua”!

TEXTO DE RUBENS SARACENI

(Fonte: internet)


Laroyê Maria Padilha!!!

A saudação a Exú: Laroyê, Exu! (“Salve, Exu!”)

Maria Padilha, tem vários nomes:

- Maria Padilha Rainha dos 7 Cruzeiros da Kalunga;

- Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;

- Maria Padilha Rainha dos Infernos;

- Maria Padilha Rainha das Almas;

- Maria Padilha das Portas do Cabaré;

- Maria Padilha Rainha das 7 facas;

- Maria Padilha Rainha da Figueira…

O maior segredo para pedir e obter o que pedir para Maria Padilha, está na fé nela e no respeito por ela.

Pomba Gira.


A Pomba-Gira ou Pombajira é um Exu-fêmea. Tal como os Exús, as Pombas-Giras são espíritos em evolução, que já viveram entre os humanos, e que aprendem sobre a vida através de nossa própria vida, enquanto aguardam a sua vez de reencarnar. Os espíritos mais evoluídos são chamados por outro nome. Assim a Pomba-Gira passa a ser chamada de Lebará.

Zaira Male era uma bruxa, que fundou a sociedade “Mulheres de Cabaré Damas da Noite”, local onde as mulheres da “noite” se reuniam, recebiam os homens a quem davam prazer, mas não só. Esse local permitia-lhes reunir-se para aprender a magia, encantos e feitiços, para conseguir obter dos homens tudo o que queriam.

Zaira Male transmitiu ás suas aprendizes o culto ás outras que morressem. Assim nasceu o culto da Pomba-Gira. As antigas, as anciãs incorporavam no corpo das mulheres novas com capacidades mediúnicas para as receber, e transmitir as suas mensagens. Essas mensagens podem ser das mais variadas, no entanto o objectivo principal é o conhecimento da magia e dos encantamentos, que permitirá ás mulheres saber como conquistar o homem amado.

As Pombas-Giras são Exús fêmeas ligadas á sexualidade e á magia, tendo várias áreas de domínio: amor, sexo, sentimentos.

As Pombas-Giras têm um nome cabalístico: KLÉPOTH.

E cada uma atende por um nome diferente: rainha das 7 catacumbas, Maria Padilha…

Maria Padilha é uma das principais entidades da Umbanda e do Candomblé, da linha da esquerda, sendo também conhecida por Dona Maria Padilha, e considerada a Rainha das Pombas-Giras. É a Rainha do Reino da Lira, Rainha das Marias.

É a mulher de Exu Rei das 7 Liras, ou Exu Lúcifer, como é conhecido nas Kimbandas.

Ela é vista como o espírito de uma mulher muito bonita e sedutora,e realmente é.

Maria Padilha é uma Pomba-Gira poderosa capaz de auxiliar em problemas de amor, saúde, afastar indesejáveis, desmanchar feitiços.

As mulheres que trabalham com esta entidade têm uma personalidade muito forte e são geralmente extremamente sensuais e atraentes. Amam como ninguém, mas se forem traídas facilmente odeiam seus parceiros amorosos.

Maria Padilha é a protectora das mulheres. Gosta de coisas boas Suas roupas são geralmente vermelhas e pretas, usa uma rosa nos seus longos cabelos negros. É uma Pomba-Gira que gosta de festas e dança.

Os seus dons: dom do encantamento de amor.

As suas oferendas são: cigarros, champanhe, rosas vermelhas em número ímpar, jóias, cosméticos, espelhos, mel, licor de anis.

Os seus trabalhos são geralmente despachados em encruzilhadas em “T”.

A pomba-gira vibra o fator desejo e o exú vibra no fator força por isto trabalham juntos somando a força e o desejo!!!